terça-feira, 15 de julho de 2008
A Metáfora
Sem cabeça para rolar.
Sem pescoço pra cortar.
Cem palavras a desentalar
Quero sangue, calmaria, maré alta e águas tranquilas.
Mas é raso onde pulo
de cabeça
propositalmente
por ser raso
pra se fazer fundo.
Quando a garganta transborda
nada a faz parar.
Mesmo que engolir meus próprios dentes
possa me sufocar.
Tenho sangue na boca a jorrar.
Meu estômago, uma ameixa seca.
Minhas mãos, gélidas luvas plásticas.
Meu corpo, coberto de açúcar
Por todos todos lados.
Mas meus olhos lacrimejam gotas
de amargo limão
amarelo cravo
queimando a doçura padrão.
Em minha boca, sangue a jorrar.
E não é meu.
Nem teu.
Acalma-te.
Depois do sangue, a calmaria.
Apresento-lhes,
Epilepsia, a metáfora.
- Quero só deitar um pouco aqui no teu colo antes de ir embora,
está bem? - Falo eu, febril.
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7 Cortesia(s):
E o fluxo literário continua..
TÁ MUITO BOM!!!!!!!!!!!!!!!!!
continue!!!!!!!!!!!
beijos!
(e vem logo pro Rio pra gente ir no Corujão!!!!!!)
"Cem palavras a desentalar".
ô. entendo, viu?
Bjo, monstrinho. rs
Santi.
Comentar à altura seria inútil!
Toma uma caipirinha comigo?
Depois te faço um cafuné!
rs*
Continua me surpreendendo.
Bravo!
Só elogios pra você Renan...
:-D
;-)
bjs!!!
procura na internet que deve encontrar a série legendada.
ou procura pra alugar ou comprar, são vários episódios, vê aos poucos.
bjos!
Nossa, palavras doces no texto anterior, e "ácides" nesse...
Trabalhava muito bem todos esses paradoxos... Estou me encantanto com os talentos que tenho encontrado em meio aos nossos amigos do RC.
Abraços Radik...
Deixo-me aqui em registo de um grande apaixonado pela tua escrita.
Parabéns!
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