segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Oxidação em Prelúdio

E dos belos portões da vida,
deu-se a ferrugem
que mastiga tuas canelas
e sustentos de ferro.

Te oxida a língua.
Perdes a cor
e viras marrom em torpor
avermelhado sabor.

Cai podre depois,
todo o argumento.
Fica livre o decaimento
de qualquer estirpe.

Então o sonho agora
és quase longínquo
mas cabe sim em cada passo
deste enferrujado sonhador.

Que voa.

3 Cortesia(s):

Juliana Porto disse...

Milhões de cargas positivas para esse seu texto acompanhados de alguns aplausos de alguém que de longe ou perto adora o que escreve.
O equilíbrio perfeito entre palavras.
Se sobrar um tempinho... Me dá uma carona nas suas asas?
Beijos.

Tatiane Trajano disse...

E voo eu, ao te ler.
Escreves legitimamente bem, sabia?!

Beijos

c. disse...

Adorei, adorei, adoreeeeeeei!

Esse com certeza entraria para aquela seleção dos meus favoritos, lembra? Então. Entraria. :D