sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ao desligar o telefone.



De repente tiro os óculos
e de repente pouco me importa o resto
e ainda de repente pareço estar tocando o vazio
com os pés
e de repente sou eu mesmo a tangente
de quem tange as cores
de repente é tão doce
e é tão simples
que de repente fico mudo enquanto ouço
a melodia doce e linda
calma e novamente doce
e de repente saio de mim
e de repente me vejo do lado de fora
mas de repente eu sinto tudo aqui do lado de dentro
e de repente
pode até ser mais que de repente.
minha matemática explicaria?
Quando há a harmonia não existe brecha para o acaso.
O que vivo então?
Desarmonicamente eu vivo o melhor dos acasos?
é.. de repente sim.
"De repente"..esboço um sorriso...
de canto, tateando os lábios.
Perplexo, sonhador, e sincero.
O mais sincero de todos até hoje.

2 Cortesia(s):

Juliana Porto disse...

Teu texto está extraordinário.
Ainda mais por ser um dos primeiros. Peculiar, obejtivo e bem elaborado... Os outros textos que este antecede,todos, têm um estilo que causa admiração.Mas este? Deixa eu te contar...
Aplausos.
beijos, sócio.

=P

Juliana Porto disse...

Aposto que fui eu quem liguei para o senhor!huahuahuahua

=P
Beijos.