quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mente Suada



Um medo inteiro de dizer a Renato e aos russos
aos indignados e contemplados
O medo da esquina e da porta de trás
A lástima ocular

o fatídico dia em que somos meia luz
Dos orifícios
a calma de uma sábia expiração
a fala progressiva
que não necessita de explosão
A falsa inspiração
a falta de resolução
ocular.


Sente-se, querido.
Sua febre passou. Está molhado. Deixe-me que te enxugue.
Acho que você pegou no sono
enquanto deitava-se em meu colo.
Você está bem agora.

E ele bradou:"Quem deseja ir pro céu que levante as mãos!"
E todas elas se foram pro ar.
"Então vamos agora"

2 Cortesia(s):

Juliana Porto disse...

Neste enigma completo no qual mergulho.
Acabo de confundir-me no enredo desta "febre".
A mesma maestria nas palavras.
Não preciso ir ao céu.
Diante dos teus versos, intensos.

Beijos.

Kalie Cullen disse...

Vamos então? rs
\o/

beijos!