sábado, 27 de dezembro de 2008

Sopro de voz


Coloquei um verso em pauta de flauta doce:
A saudade é inconfundível.
De tom melódico com uma sétima requerendo o refrão. Jamais o último mas o eterno. Assumo que sonho agora, todos os dias, todos os sonhos. Na flauta as palavras nunca ditas. Um teto de madeira rústica. Um lugar a sós. Uma partitura inteira de canções a serem tocadas pelos corpos e lábios.
  1. A flauta.........................................................................4
Ainda é tão cedo. Maestro, não derrube a orquestra. A menina da flauta ainda me toca com voz melodiosa. Deixa ela. Está tão linda como sempre foi. Ela faz música e eu sou luthier, não ostento. Construção não arquitetada. Mas por agora a música que sai da flauta é o timbre que me sustenta.


Flauta doce
transversal
não programada

talvez

seja a música, não a flauta.
Um sujeito que olha a próxima pauta, instrumento de fole acordeado.
Esperança, não
Olhar adoçado.

2 Cortesia(s):

Juliana Porto disse...

Assim? Ouço o teu poema.
E gosto.

Abraços, poeta.

Anônimo disse...

gostei dos teus versos também.

tu e a juliana têm uma dicção muito próxima, muito parecida. achei bacana isso.

encontrei teu blogue por acaso em alguma comunidade, depois o dela aqui mesmo, e li e curti e resolvi expor.

abraços