Coloquei um verso em pauta de flauta doce:
A saudade é inconfundível.
De tom melódico com uma sétima requerendo o refrão. Jamais o último mas o eterno. Assumo que sonho agora, todos os dias, todos os sonhos. Na flauta as palavras nunca ditas. Um teto de madeira rústica. Um lugar a sós. Uma partitura inteira de canções a serem tocadas pelos corpos e lábios.
- A flauta.........................................................................4
Ainda é tão cedo. Maestro, não derrube a orquestra. A menina da flauta ainda me toca com voz melodiosa. Deixa ela. Está tão linda como sempre foi. Ela faz música e eu sou luthier, não ostento. Construção não arquitetada. Mas por agora a música que sai da flauta é o timbre que me sustenta.
Flauta doce
transversal
não programada
talvez
seja a música, não a flauta.
Um sujeito que olha a próxima pauta, instrumento de fole acordeado.
Esperança, não
Esperança, não
Olhar adoçado.